As Características do Advogado do Futuro.

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Então você está pensando em cursar Direito, certo?

Talvez você já tenha pesquisado e descoberto as diversas possibilidades de carreiras que essa área pode lhe oferecer.

No entanto, antes de decidir em qual área você desejará trabalhar no futuro, é importante que você conheça as características que farão de você um profissional realmente preparado para os desafios dessa profissão.

E para descobrir que características são essas, fomos buscar as opiniões de diversos especialistas da área.

Vamos lá?

Você já parou para imaginar como será o mundo jurídico daqui a cinco, dez ou quinze anos? 

Mesmo um dos campos de atuação mais antigos da história, e que manteve seu tradicionalismo, está mudando. 

Foi e será assim com diversas profissões: os softwares mudaram a engenharia, a medicina, a odontologia. As redes sociais revolucionaram a comunicação.

No Direito, as mudanças também são constantes.

Isso é o que nos diz o advogado e cientista social Vitalínio Lannes Guedes, advogado, egresso da FADISMA e pesquisador da área.

Vitalínio Lannes Guedes, egresso da FADISMA e pesquisador da área.

É importante que o profissional do futuro tenha a capacidade de enxergar os fatos de uma forma transdisciplinar de modo que não fique preso apenas ao mundo jurídico. A inteligência artificial predominará no mercado de trabalho num médio-curto espaço de tempo, exigindo-se assim do advogado que seja capaz de ter uma visão além-fronteiras para que não seja superado pelos robôs, já presentes nos escritórios de advocacia país afora, afirma.


Um exemplo do advento da tecnologia no Direito é o processo eletrônico, o e-proc, implementado nos tribunais brasileiros. A flexibilização do fluxo processual para além do papel permitiu maior agilidade na resolução dos conflitos judiciais.

Essa saída do papel para o meio eletrônico impôs e impõe aos advogados, de um modo geral, diversos desafios, haja vista que hoje não basta saber somente do Direito, é preciso ter uma noção das tecnologias da informação”, relata Guedes.

Outro bom exemplo de tecnologia que vem crescendo dentro do Direito é a Jurimetria – a estatística aplicada ao Direito, de maneira a prever padrões e ofertar orientações sobre certo tema. Ela permite, ainda, a análise de informações constantes em bancos de dados governamentais, inclusive podendo transformar a compreensão sobre o cenário socioeconômico vigente e as políticas públicas.

Ainda assim, apesar de tantas tecnologias, quando falamos em advocacia preservam-se alguns princípios.

Péricles da Costa, presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Maria, nos conta no vídeo abaixo que certos princípios não mudam na trajetória de atuação do profissional do Direito.

O advogado é protagonista na distribuição da justiça. É papel dele defender o cidadão. Esse papel da advocacia é o mesmo desde sua concepção e não irá mudar.

Péricles da Costa, presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Maria.

Já para Rafael Barioni, membro da Comissão de Direito Digital, Internet e Tecnologia Jurídica da OAB de Ribeirão Preto/SP, o advogado do futuro obrigatoriamente terá um perfil dinâmico e apto a analisar dados oriundos da inteligência artificial.

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Rafael Barioni, membro da Comissão de Direito Digital, Internet e Tecnologia Jurídica da OAB de Ribeirão Preto/SP

A tecnologia é um meio e não um fim. É uma realidade que veio para ficar e organizar, inclusive, transformando dados em informações relevantes, auxiliando nas tomadas de decisões mais coerentes e menos intuitivas eliminando trabalhos repetitivos e agregando mais inteligência na atuação jurídica.



Mesmo com a enxurrada tecnológica, é ponto comum entre os consultados que o advogado do futuro manterá e deverá aprimorar seu senso crítico, para que isso lhe diferencie da máquina.

É importante dizer aos novos estudantes de Direito que estejam preparados a enfrentar um mercado que estará inundado pela inteligência artificial. Para isso é necessário a capacidade de ser crítico, de poder compreender os fatos muito além do que lhes está exposto. O bacharel em Direito terá de ser capaz de saber muito mais do que apenas a lei, pois isso os computadores e robôs sabem e muito bem, reforça Vitalínio.

A conclusão que chegamos é que apesar da onda tecnológica, o Direito manterá boa parte de sua tradição. É inegável, no entanto, que essa adaptação será vital àqueles que desejam fazer diferente.

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